sexta-feira, 21 de maio de 2010

Medo do Escuro.


Medo do escuro.

As vezes a brisa me abana e vai embora.
As vezes sinto-me abandonado; sem perfil; como uma aquarela borrada.
As vezes sinto tanta coisa(...)
Tanta coisa(...)
Fico tão sem graça que desapareço.

As vezes vejo vultos e me apego ao terço da virgem de fátima.
As vezes rabisco palavras no imaginário e descubro pegadas na parede.
As vezes sinto tanta coisa(...)
Tanta coisa(...)
Fico sem graça e continuo desaparecendo.

As vezes imagino boneco de neve.
As vezes penso no que tem atrás da porta; dentro do copo; na planta do quintal.
As vezes sinto tanta coisa(...)
Tanta coisa(...)
Fico sem graça que desapareço e continuo.

Fabiano Miranda.

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