O cardápio da semana estanca o famigerado sangue da idolatria. Sem corrosões. Sem evidências. Sem caprichos. Mas, com maldições ordinárias que ostenta o declínio da espécie e sua corja de derivados.
O melodrama do comum. A antipatia do sentimento podre e condensado. A graça do feio rodeado de apontamentos bonitos e glicerinados. A roda dos culpados e suas crises de meia estação.
Este é o aglomerado de caprichos enraizado na herança dos bastardos. Sem sombra da cultura sólida, sem crepúsculo e carentes de movimentos regrados no imaginário.
Neste cardápio o paladar é comprometido e sintetizado no mais alto teor do mau gosto. Despido do acaso, beirando o insosso no bailar das “porventuras” e ilusões forjadas.
Crer nos ensaios sem diálogos. Conviver no paralelo do ocultismo, da lamentação... Na busca do deus de farda e da redução dos pecados em lote.
Descrente do pacote de riquezas e das vaidades tatuadas, a dissonância se faz presente lecionando para a demência da pele e para o abstrato da alma.
2 comentários:
Cardápio pra que te quero. Melhor falar sem dizer palavras do que ostentar mentiras viris através do tempo.
teu texto é hermético.
gosto disso.
palavras em versos não são de se entender.
são de sentir.
Postar um comentário